Foco de Pestilência #015 Aprendendo e Ensinando

Olá, crianças do Abismo! (enfim!) Está no ar o Foco de Pestilência #15!

Como qualquer campo do conhecimento ou das artes,  magia também se aprende. Mas existem diferenças entre aprender magia e aprender outras coisas da vida? E quais as particularidades do ensino da magia e a relação entre quem aprende e quem ensina?
No programa desta semana, Flavio Watson, Pietro, Pêu Lamarão e Sr. Feliciano recebem a convidada Marisa Scarlet, instrutora do CALEN São Paulo, para discurtir a distância entre a teoria e a prática, a importância de criar hábitos, a relação entre confiança e crítica e pra tirar o Pietro do sério inumeras vezes!
Não se engane pelo nome inocente deste espisódio. Este foi o primeiro a utilizar o recurso do INTERLÚDIO RELAXANTE tamanho foi o nível de treta que o debate atingiu!
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Vírgula Sonora: Liber AL II:70-71 “There is help & hope in other spells. Wisdom says: be strong! Then canst thou bear more joy. Be not animal; refine thy rapture! If thou drink, drink by the eight and ninety rules of art: if thou love, exceed by delicacy; and if thou do aught joyous, let there be subtlety therein! But exceed! exceed!”

(Tradução: “Há ajuda e esperança em outros encantamentos. Sabedoria diz: sê forte! Então tu poderás suportar mais prazer. Não sejas animal; refina o teu êxtase! Se beberes, bebe pelas oito e noventa regras da arte: se tu amas, excede por delicadeza; e se tu fazes qualquer coisa prazerosa, que haja sutileza ali! Mas excede! excede!” – Trad. Arnaldo Lucchesi Cardoso e Jonatas Lacerda, Espaço Novo Aeon

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Créditos:
Edição: Levy Fernandes
Tema de Abertura: Egberto Pujol
Vírgula Sonora: Gravado por Steven Ashe. Áudio completo em https://www.youtube.com/watch?v=LFt2mVWjBAw

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Erratas & Referências:

A citação sobre torta de maçã é de Carl Segan, citada do Episódio 9 da Série Cosmos. A citação correta é “If you wish to make an apple pie from scratch, you must first invent the universe” (Se você quer fazer uma torta de mação do nada, você deve primeiro inventar o universo). Você pode ver o trecho do epísódio aqui.

O programa citado pelo Sr. Feliciano em que o Ivan Mizanzuki fala sobre thelemitas é o epísódio 93 do Mundo Freak Confidencial sobre Aleister Crowley.

 

15 thoughts on “Foco de Pestilência #015 Aprendendo e Ensinando

  1. Olá amigos, ouço sempre o podcast de vocês, e gostaria de dar uma sugestão.
    Como autodidata, acho que seria interessante voces abordarem essa abordagem com um convidado que teve essa experiência (de aprender sozinho). Já ouvi vocês abordando essa questão de passagem, mas sempre fica a impressão que ignoram ou deixam de lado vários aspectos vantajosos dessa outra abordagem.
    Abraços!

  2. Bicho, na parte em que o Watson disse “…a gente tem ouvinte que tá lá em Gana…”, juro que entendi EM CANA.

    Pior que lembrei de um doc sobre o Carandiru que vi certa vez no Youtube e nele apareciam uns malucos fazendo umas quimbandas cabulosíssimas em plena cela. oO

    Programinha super alto-astral.

  3. Gostaria, primeiramente, de parabenizar vocês por fazerem esse trabalho, porque ajuda aos buscadores do assunto e principalmente iniciantes (como eu) a refletir e reformular conceitos, numa espiral crescente de revisão de conceitos.
    Escutei todos os podcasts e honestamente gosto muito do trabalho de vocês, mas esse em específico eu achei uma discussão impertinente. Tanto o estudo quanto a prática são importantes em meu ponto de vista, apesar de isso não ter sido negado em momento nenhum no podcast, sempre foi tentado “puxar sardinha” para um lado específico.
    tomando o exemplo do ultimo podcast, nota-se que usar o tattwa errado implica em uma prática obtusa, que gera desconforto ao praticante. Por outro lado, se a pessoa souber tudo sobre tattwa e nunca treinou projeção, tem o conhecimento mas não sabe usar. Eu diria que são como as duas pernas, precisamos de ambas para andar. Se tivermos uma maior que a outra, ficamos mancos, e se não tivermos alguma, precisamos de muletas (seja um amigo pra fazer um banimento para quem estudou em excesso, ou um amigo para explicar porque diabos deu errado a experiência do tattwa, por exemplo). Achei que discutiram muito atoa, e em meu ponto de vista talvez a solução mais óbvia seja instruir os dois ao mesmo tempo, de maneira gradativa.
    No mais, continuem com o trabalho, está realmente muito bom!

  4. “Interlúdio relaxante” hahahahahaahahaha
    por mais tretas assim

    -Então todos aqui concordamos que devemos ter confiança no mestre…
    -Eu discordo.
    Ri demais

    Falando de ensinar e aprender,faço medicina,minha faculdade adota um método de ensino que o MEC já recomenda,o PBL(problem based learning), ao invés de termos as matérias normalmente,como cadeiras,temos casos clínicos pra resolver em grupos de discussão(tutorias),fora aulas em laboratório,etc. Esse método de ensino coloca o estudante em contato com o paciente já no primeiro período,mesmo nao sabendo de nada,valorizando o saber lidar com o ser humano. Ao invés de ser dada toda a teoria e depois a prática,vamos aprendendo tudo junto e por “assunto”.Acho que o ensino deve ser assim em qualquer tema,dando teoria e prática simultaneamente na medida do necessário, focando na aplicabilidade do negócio(apenas foco,nao exclusividade prática,a base teorica que nao será usada também serve como suporte para se criar métodos mais práticos de se realizar as coisas).Em magia ,principalmente,isso é importante,exemplo: posso ter um mapa que diz que caminho X é mais curto que os outros,mas não adianta nada se eu não souber qual deles é menos ingrime num caso de chuva,ou qual deles têm menos animais selvagens…

    Enfim,vcs tão de parebéns!Espero o próximo podcast!

      1. Oi Pêu.

        Sobre o PBL, em Feira de Santana, perto de Jequié o curso de engenharia da computação é feito via PBL.
        Os alunos recebem os temas, lêem em casa e vao para turmas menores onde existe um tutor que irá te analisar pelas tuas idéias e colocações no debate sobre o assunto.
        Paralelo a isso existe sempre o desenvolvimento de algum projeto desde o primeiro semestre.
        Não cursei o curso, mas via e tenho dois amigos que estudaram lá e recomendavam bastante, mas falavam que era bastante puxado.

        Abraço

  5. E pessoal, tudo certo?

    Gostei bastante desse programa, pois esse assunto é especialmente delicado. Uma vez que você esta no caminho, existe uma tendência um tanto quanto complicada de nos esquecermos de como foi o nosso começo e quais foram os nossos primeiros entraves e os seus respectivos tamanhos. Tomarei um lado sobre a treta que houve no programa, e concordo com o ponto de vista da confiança ser sine qua non para a entrega do discípulo. Alguns no debate disseram que a confiança pode ser, de certa forma, dispensada, e o termo foi trocado por “segurança”. Mas vejo que a desconfiança (e os frequentes escrutínios) é a única arma que o aspirante possui pra se proteger, por exemplo, de enganos derivados de potencial má fé dos mestres, ou de algum desconforto causado por algum ensino que está indo contra algum principio importante da formação do discípulo, entre outros inúmeros motivos. Acredito que o mestre também tem a sua Ordália com o discípulo. E a sua Obra e como ele vive a Arte tende a ser a forma, ao meu ver, que o discípulo pode utilizar para confiar (ou não) no mestre e na tenacidade de seu Ofício. A partir daí vejo que a entrega é mais fluída e o processo de aprendizado ocorre de forma mais eficaz. Ótimo tema, e o final do programa ficou bonito rsrsrs.

    Até mais! Abraço!

    1. Oi, Alberto! Tanto a desconfiança quanto a confiança são muito importantes no processo como um todo. O que tentamos deixar claro nessa discussão é que não se pode ter uma confiança cega no seu guia de grupo / mestre / processo de aprendizado e até mesmo em livros. Afinal, todos eles são passíveis de erros e você está construindo SEU caminho, então é sempre válido pavimentar com coisas que te façam sentido e que tenham coerência para você.

      Mas o que também não dá é para viver com os dois pés atrás. Se você por exemplo se propõe a entrar em um grupo de estudos, é aconselhável conhecer a proposta, histórico… e ir com calma. Equilíbrio! Nem tanto a confiança cega nem muito menos a desconfiança exarcebada.

      Abraço!

  6. Oi galera,

    Queria mandar um obrigado em especial para Marília.

    Fico feliz quando por um segundo consigo interiorizar como verdade uma frase forte. Tô morando na Austrália, só um amigo com quem eu tento passar um pouco do pouco que eu sei, e buscando sobre magia e sempre ouvindo os podcasts quem procura acha.
    Eu podia ter ouvido sua fala a qualquer hora, mas hoje aqui é terça, trabalhei nó fim de semana, ontem (segunda) de 5-9 / 9:30-12:30 / 14:00-21, e hoje vai ser igual a ontem. Acordar 4:25 de segunda a sexta não é fácil, hoje eu no meu trabalho de cleaner de manhã estava sentado comendo uma banana e estava me sentido triste.
    Melhorei minha postura e tentei ouvir minha consciência/anjo guardião/Deus/força universo/inconsciente/vontade e enquanto eu fazia isso e pedia por uma força você falou “quando conhecer seus limites os supere”. Não sou do tipo que acredita em coincidência.
    Todo mundo sabe disso, mas eu pelo menos esqueço por varias vezes. Isso não foi um ritual, nenhuma prática, mas já se passaram mais de 6h desde esse fato e meu humor que estava pensando em desistir e voltar para o Brasil está agora no estado supere seus limites, o cansaço me abate.
    Até quando isso vai durar não sei, mas durou pelo menos 6 horas. Por 6 horas 25% de um dia eu estava fazendo o que eu mais gosto na minha vida que é estar feliz.
    Um muito obrigado a todos.

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