Foco de Pestilência #016 Magia e Preconceito

Capa-#16

Olá, crianças do abismo!

Está no ar o Foco de Pestilência #016!

Não são apenas demônios, espíritos e entidades terríveis que assombram a vida do magista. Na maior parte das vezes, o medo é de carne e osso e está ao nosso lado todos os dias.

Neste episódio quase freudiano, Flavio Watson, Pêu Lamarão, Pietro, Sr. Feliciano e Victor Gonzales debatem os conflitos de conviver numa sociedade que não nos aceita totalmente e que muitas vezes ainda nos teme e nos julga.

 .

Vírgula Sonora: Liber AL III:17 “Fear not at all; fear neither men nor Fates, nor gods, nor anything. Money fear not, nor laughter of the folk folly, nor any other power in heaven or upon the earth or under the earth. Nu is your refuge as Hadit your light; and I am the strength, force, vigour, of your arms.”

(Tradução: “De todo não temais; não temais nem homens nem Sinas, nem deuses, nem nada. Dinheiro não temais, nem escárnio da tolice popular, nem qualquer outro poder no céu ou sobre a terra. Nu é teu refúgio assim como Hadit tua luz; e Eu sou a potência, força, vigor, de seus braços.” – Trad. Arnaldo Lucchesi Cardoso e Jonatas Lacerda, Espaço Novo Aeon

 .

Créditos:
Edição: Levy Fernandes
Tema de Abertura: Egberto Pujol
Vírgula Sonora: Gravado por Steven Ashe. Áudio completo em https://www.youtube.com/watch?v=LFt2mVWjBAw

.

25 thoughts on “Foco de Pestilência #016 Magia e Preconceito

  1. Interrompi a audição para fazer um comentário. Meus pais são, assim como eu fui, católicos não praticantes. Eu já havia estado por anos nos meios pseudo iniciáticos (amorc, maçonaria, martinismo) havia 10 anos quando comecei a praticar o RMBP. Nunca tive preconceito em casa, aliás meus pais topam tudo. Mas quando eu meditava, prativa yoga e chi kung no terraço ou fechava a porta/janela do meu quarto para efetuar os rituais, eu provocava a ira de meus vizinhos evangélicos. Aqui na Tijuca, tem muito evangélico. Então começaram as provocações, ameaças sutis e veladas, xingamentos etc. Ocorre que apesar de não me sentir intimidado, essa situação me incomodou. Algo estranho aconteceu. Meu pai, minha mãe e eu fomos agredidos por um vizinho recém chegado no prédio, deu delegacia, iml, processo judicial…Mas eu cheguei a uma conclusão: quando fazia o ritual de banimento, eu de certa forma atingia certo estado alterado de consciência e isso dá certo poder a suas emoções. Talvez os vizinhos evangélicos tivessem despertado certa culpa em mim e essa culpa provocou a confusão com o vizinho que causou o problema. Então, posso estar errado, acho que é certa dose de culpa combinada com o poder elevedor das emoções no ritual que acaba causando magicamente os problemas. Hoje já superei isso mas foi chato perder amigos, namorada etc por causa disso, mas faz parte.

    1. Olá, Paulo! Fico feliz por você ter encontrado uma resolução pessoal para esse conflito. Minha opinião pessoal sobre o assunto é esta: quer você tenha produzido um estado alterado complicado ou não, quando o outro agride, ele agride por sua própria escolha. O outro é totalmente responsável pela própria ação. Você, Paulo, e seu estado emocional podem ser condicionantes na situação, mas não são desculpa.

  2. sob a prática no plano astral falada nos 20 min do áudio…realizo RMP tanto no físico frete ao altar quanto no meu templo astral..confesso que as práticas no astral já se mostraram até mais fortes e vívidas (com repercussões energéticas – calafrios e vibrações por todo o corpo) de modo que considero tbm muito válidas….porém tendo a substituir o banimento da terra pelo do Ar…

  3. Que programa foda. Ouvi todos essa semana e vcs estão me dando um gás pra voltar às tentativas. Parabéns e obrigado.

    Seria foda um programa sobre Zos Kia, tive contato faz pouco tempo e me encantei. Outra coisa, gostaria de saber o que vocês têm a dizer sobre o conservadorismo dentro da magia. Vocês citaram o Aylton do Amaral, cara q eu acompanhava no youtube e deixei de fazê-lo graças aos comentários estapafúrdios sobre o comunismo. Sempre questionei se magia precisa ser coisa de playboy…

    Novamente, obrigado…

  4. Foram divertidos, como sempre. Confesso que me senti em casa ouvindo outras pessoas falando tão informalmente sobre coisas que pratico e conheci apenas me debruçando sobre livros por alguns anos.

    Não sei se por trauma da reação do meio quando era novo, iniciante e ingênuo, mas me apeguei a um estilo de vida meio eremita, a princípio por saber da dificuldade de falar de espiritualidade e esoterismo abertamente com a maioria das pessoas. A solidão realmente foi amarga, mas aprendi a valorizá-la: como o convidado do programa disse ao citar o frater superior, “90% da nossa vida é superficial”. Não me arrependo por ter podado quase completamente esses 90%, pois disciplina unidirecionada às vezes é necessária (tem sido, porque não sou nenhum prodígio).

    Eventualmente bate a amargurazinha do arcano IX, mas tudo tem seu preço. Até sucumbir porque perdeu tempo com o supérfluo tem seu preço. Mas há quem prefira pagar por honrar a própria vontade.

    93

    Om Mani Padme Hum

  5. Hey oh povo.

    Meu nome é Luan sou estudante de Bibliotecnomia e preciso explicar uma coisa que muitas pessoas não sabem: a internet tem memoria e preconceitos. Vamos a explicação:

    O google e outras empresas da internet (facebook, yahoo, etc) trabalham o que dentro da biblioteconomia chamamos de disseminação seletiva de informação (DPI) ou seja o sistema de dpi cria um perfil do seu uso de internet e passa a fornecer aquilo que “te interessa” e oculta o que “não está de acordo com seu perfil”. Um exemplo esdruxulo: quando eu luan jovem adulto, gay, universitário jogo a palavra “gay” no google noticias provavelmente vou ter como primeiro resultado um reportagem sobre a parada gay, beijo gay na novela, etc agora se meu tio de meia idade, da periferia, evangelico assíduo pesquisa gay uma noticia do “portalevangelico.com” dizendo que uma psicologa crista (pratica comum porém ilegal) comprovou que homossexualismo é doença.

    Ou seja a mesma pesquisa agora apresenta resultados já entranhados com o preconceitos e comportamentos de busca. Caso não acreditem em mim ou não consigam entender minha explicação vou deixar o link para da introdução do livro O “Filtro Invisivelmente que a internet está escondendo de você” (PARISER, 2012) onde o autor explica o funcionamento dos filtros invisíveis da internet.

    http://www.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos//t1421.pdf

  6. Ótimo podcast!

    Pra começar sou CRISTÃO haha, casado com uma CRISTÃ.

    Sempre senti uma atração pelo “lado negro” (mil aspas) porém só agora, depois de anos no cristianismo decidi dar uma mergulhada do oculto. Foi culpa de vocês! Ouvi o mundo freak e fui correndo ouvir o foco de pestilência, não parei mais.

    Na verdade não tenho muita noção do que vou fazer pra conciliar minhas atividades e cosmovisão cristã ao estudo e prática da magia. Sei que minha esposa surtaria se soubesse o que ando lendo e fazendo.

    Ainda não fiz o RMP. Estou chegando a conclusão de que vou ter que focar em atividades astrais pra manter o segredo.

    Também não tenho amigos próximos que curtam magia, aí ferrou mesmo.

    1. Olá, Gerson! Fico feliz que o nosso trabalho tenha interessado você nesse assunto que é tão importante pra nós. Os praticantes (membros e legatários) da tradição esotérica ocidental conciliaram a vivência cristã e a prática da magia. Não vou dizer que isso foi fácil pra eles porque, além dos conflitos internos, certamente os conflitos externos foram muito difíceis: a sociedade simplesmente não aceita. Porém, personagens como John Dee, Eliphas Levi, Johannes Trithemius e uma incontável lista de figuras proeminentes professavam a fé cristã ao mesmo tempo que receberam e passaram adiante essa tradição. O descolamento da magia ocidental e a prática religiosa é um fenômeno recente. Você com certeza vai encontrar os elementos para um relacionamento pessoal com Deus na magia de Luz da Hermetic Order of the Golden Dawn ou por caminhos mais místicos como no “Guía Espiritual” de Miguel de Molinos.

        1. Você deve achar com facilidade a obra de Eliphas Levi em português, que eu considero leitura primária, contrariando todos os meus colegas. Outro autor notável e de fácil acesso é Papus. Não sei se a produção da Golden Dawn está disponível em português mas o material original é fácil de achar na Internet. A Golden Dawn pintou a si mesma com cores egípcias mas era no cerne uma ordem cristã.

  7. Ótimo podcast!

    Pra começar sou CRISTÃO haha, casado com uma CRISTÃ.

    Sempre senti uma atração pelo “lado negro” (mil aspas) porém só agora, depois de anos no cristianismo decidi dar uma mergulhada do oculto. Foi culpa de vocês! Ouvi o mundo freak e fui correndo ouvir o foco de pestilência, não parei mais.

    Na verdade não tenho muita noção do que vou fazer pra conciliar minhas atividades e cosmovisão cristã ao estudo e prática da magia. Sei que minha esposa surtaria se soubesse o que ando lendo e fazendo.

    Ainda não fiz o RMP. Estou chegando a conclusão de que vou ter que focar em atividades astrais pra manter o segredo.

    Também não tenho amigos próximos que curtam magia, aí ferrou mesmo.

  8. Eu tive uma criação batista tradicional, meio que cresci com interesse ativo em religiosidade e esoterismo, mas naquele olhar frio dos batistas do norte – ainda mais pelo tipo de teologia seguida pela minha igreja, a teologia liberal, Genesis como alegorias e afins, nada extravagante, tudo muito formal. Na adolescência e um pouco desencantado eu saí da igreja. Eu queria ser pastor, mas o neopentecostalismo cresceu e transformou aquele meu ambiente, que eu até gostava, nisso aí que a gente vê na TV. No meu desencanto com a religiosidade formal eu me interessei mais pela informal, quando conheci Eliphas Lévi e daí fui seguindo.

    Hoje eu sigo um caminho solitário, mas reverente aos princípios do Martinismo e Zos Kia.

  9. Preconceito nunca sofri – até pelo tipo de teologia menos apegada a literalidade da minha família e ambiente. Sempre fui muito liberal com tudo e as pessoas ao meu redor também. Mas no começo dos meus estudos mais específicos sobre magia negra eu precisei quebrar algumas barreiras psicológicas e superar preconceitos quanto a natureza da prática mágica como algo real e não mera “paranoia”.

  10. Esse tema foi muito bom!
    Não vejo muito esse assunto ser discutido por aí, pelo menos onde eu conheço e leio sobre magia e ocultismo na internet.
    Não tive muitas dificuldades até hoje, mas também ainda não iniciei nenhuma prática duradoura ou que provoque hábitos perceptíveis fora do convencional, tenho sido mais um leitor interessado. O que acho complicado em relação ao “social” é quando surge o assunto religião e me perguntam algo, pra me definir eu acabo recorrendo ao termo “espiritualista”, pra pessoa pelo menos entender que apesar de sem religião não sou ateu, sem entrar em detalhes que possam causar estranheza ou incompreensão.

  11. Olá
    gostaria de iniciar a leitura de livros sobre magia, vocês indicam alguma ordem?
    Ou seja, gostaria de saber qual a melhor ordem de leitura para apreender o conhecimento de forma mais adequada.
    Agradeço,

  12. Oi, meninos.

    Depois de ouvir esse podcast, me ocorreu uma ideia que pode ser válida.

    Quando uma pessoa pesquisa sobre esse assunto no Google, o resultado de buscas mostra informações de vários sites diferentes – uns especializados, outros não. É fácil encontrar informação relevante para quem quer aprender, mas também é muito fácil achar informações do tipo “Aleister Crowley era viciado em sexo e amava orgias”. Pra galera que tem a mente mais aberta, uma visão positiva sobre o assunto e quer aprender, esse é o tipo de informação rasa e pouco relevante, mas pra quem já está fazendo a busca com um olhar negativo, querendo confirmar uma ideia pré-concebida, a informação pode acabar fazendo com que a pessoa pense “Tá vendo? sabia que isso não prestava, que era coisa ruim. Estão sacrificando meninas virgens!”

    Óbvio que o podcast é uma boa ferramenta pra fazer com que as pessoas entendam o assunto sob uma ótica diferente, mas acredito que a galera que chega até aqui não é, majoritariamente, a galera mega preconceituosa, por isso, eu acho que seria de grande utilidade se vocês pudessem investir também em um material escrito, feito especialmente para curiosos e público leigo, com o intuito de desmistificar certas crenças populares acerca da Magia.

    Vocês que entendem mais sobre o assunto já devem ter escutado muitos absurdos derivados dessas crenças populares e seria legal escrever sobre isso de uma forma didática e quem sabe, também trabalhar algumas técnicas de SEO pra deixar o artigo bem posicionado nos motores de busca. Assim, quando os curiosos forem pesquisar, eles podem ter acesso à um conteúdo esclarecedor que traga uma vibe de “aaaahn, não é bem como eu imaginava…”.

  13. Citaram meu nome quando lembraram do Samael neh? Hahiahuiahuiahuiauiuaiuah

    Bom, aquela época foi prova de que por mais absurdo que seja a linguagem pela qual vc compreende o universo, o resultado acontece.
    Depois vc evolui e sua concepção naturalmente muda também.

    Só pra constar, meu primeiro contato com ocultismo foi na T.O.V..

    kkkkkkk

    Ótimo bate papo galera, continuem assim.

    93

Deixe um comentário