Foco de Pestilência #020 Magia Cerimonial

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Olá, crianças do Abismo! Está no ar o Foco de Pestilência #20

A magia cerimonial surge na história do esoterismo ocidental como uma forma distinta de arte mágica. Tida por alguns como a mais alta forma da magia, por outros como um perigo a ser evitado por iniciantes, seus ritos complexos e ricos em simbolismo acabaram se tornando a representação mais tradicional da magia.

Neste programa, Flavio Watson, Peu Lamarão, Pietro e Sr. Feliciano remontam o surgimento da magia cerimonial, seu contraste com a magia natural e como a própria ideia de quais eram os seus princípios foram mudando nos últimos cinco séculos. Além, é claro, de discutir a construção e execução da cerimônia mágica conforme ela é entendida hoje.

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Vírgula Sonora: Liber AL I:20 “The key of the rituals is in the secret word which I have given unto him..”
(Tradução: “A chave dos rituais está na palavra secreta que Eu dei a ele.” – Trad. Arnaldo Lucchesi Cardoso e Jonatas Lacerda, Espaço Novo Aeon

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Créditos:
Edição: Levy Fernandes
Tema de Abertura: Egberto Pujol
Música de background: synx & ParanorMeow – Falling
Imagem da vitrine: The Devil Rides Out (1968). Diretor: Terence Fisher
Vírgula Sonora: Gravado por Steven Ashe. Áudio completo em https://www.youtube.com/watch?v=LFt2mVWjBAw.

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Referências:

Liber O vel Manus et Sagitæ – inglês |português
Liber 777 – inglês 

22 thoughts on “Foco de Pestilência #020 Magia Cerimonial

    1. Não dentro do contexto que a gente tá recortando aqui.
      Todas estas expressões mágicas lidam com o trabalho com forças não-humanas ou espirituais. A magia natural definida lá pelo Agrippa e entendida em Roma e nos primeiros séculos era a magia que provinha das coisas naturais, como rochas e ervas.

      A pajelança, o xamanismo e as religiões de matriz africana possuem cerimônias complexas de contato com outros mundos. De modo similar às religiões antigas sulamericanas ou do crescente fértil. É nesse recorte religioso que as sociedades começam a reconhecer a magia do outro como demoníaca, enquanto o uso das coisas naturais era tolerado.

  1. Ótimo o conteúdo de vocês. Uma das coisas que mais sinto falta na comunidade esotérica é a clareza de ideias e uma análise sóbria do contexto mágico e vocês trazem isso como premissa. O material de vocês tem sido de grande ajuda pra mim. Muito obrigado e continuem com esse excelente trabalho!
    Abraços

  2. Excelente separação que vocês fazem da Arte e o seu contexto, meio, artefato. Todo mundo com alguma experiência sabe o que é real, ou deveria saber, mas a própria matéria do assunto se resume em experiências que não podem ser facilmente delimitadas dentro de um rigor científico padrão. A questão da hipnose é talvez o mais evidente elemento de magia cientificamente abalizado, e com certeza o seu elemento mais simples, autoconvencimento, “magnetismo pessoal”, simpatia, mas todo o resto é sobre fenômenos difíceis e singulares, não se encaixam na previsibilidade assistida da qual a ciência define os padrões de verdade.

    1. Cara, na minha opinião de mero espectador, o Fernando retirou do contexto os frases que pinçou pra criticar. Vejamos:
      – No ocultismo moderno ninguém liga para as virtudes das coisas!
      Fernando interpretou de forma literal. Eu interpretei ouvindo o podcast que o ocultismo moderno não usa mais estar TERMINOLOGIA.

      – Agrippa nunca falou de luz astral!
      Interpretação do Fernando: “Amigos, Agrippa fala o tempo todo de luz astral dentro do conceito de anima mundi. Não basta estudar, tem que entender!”
      Mais uma vez interpretou de forma literal. Deem um Ctrl+F nas obras de Agrippa e não encontraram o termo Luz Astral, algo que se encontra em Guaita, por exemplo. O significado é o mesmo, mas a linguagem muda.

      – A ciência se distanciou do ponto de vista do Agrippa!
      Fernando “Outro erro: radiônica, psicotrônica e radiestesia, por exemplo, são estudos calcados no primeiro capítulo do “Filosofia Oculta” de Agrippa. A ciência não se distanciou de Agrippa, ela se distanciou da Arte dos Magi e hoje, por conta de alguns que tentaram aproximar o pensamento mágico com a ciência, é que conclusões imbecis como demonstradas nesse podcast são formuladas.”
      Acho tanto a opinião do podcast quando a de Fernando discutíveis. Dizer que a ciência segue ou se distancia de um autor ocultista é muito complicado de se avaliar. Pois, tanto a linguagem quanto o conteúdo são utilizados de forma diferente pela ciência materialista.

      – Não existe “virtude alguma” no chá de Santo Daime!
      Fernando: “Dentre muitas besteiras que esses acéfalos de boas intenções falaram, essa foi uma das piores. Existe uma potência divina intrínseca a sacramento conhecido como Santo Daime ou Ayahuasca. Após mais de 20 anos de uso dessa planta mágica continuamente, eu e uma legião de pessoas no mesmo processo, entendem que força é essa e como acioná-la. Somente um sem estudo e conhecimento de causa e prática levanta questões absurdas dessa natureza. Estão muito longe do mistério do gênio da garrafa.”
      Acredito que este tenha sido esta afirmação o motivo da crítica. Mais uma vez olhando, pela linguagem atual, NÃO HÁ VIRTUDES no chá, há efeitos psicofisiológicos das propriedades bioquímicos do chá. No tempo de Agrippa, HAVIA VIRTUDES no chá.

      1. Leonardo, acho que você compreendeu o discurso que foi apresentado. Realmente, é difícil para a pessoa imersa no paradigma da sua época fazer a transição para outros paradigmas, é difícil fazer a transição através das rupturas históricas. O melhor remédio que eu saberia recomendar é o estudo atento da “Arqueologia do Saber”, de Michel Foucault, potencializado pela leitura atenta do “As Palavras e as Coisas” do mesmo autor. É ingênuo entender que “anima mundi” em Cornelius Agrippa e “luz astral” em Eliphas Levi significam exatamente a mesma coisa. É ingênuo entender que um investigador da natureza no século 16 entende por “virtudes” exatamente o mesmo que um investigador da natureza no século 21 entende por “propriedades fisico-químicas”. Fazer isso pressupõe que a história dos discursos é um contínuo desenrolar da mesma coisa. Essa pressuposição permanece arraigada na comunidade esotérica possivelmente por favorecer fantasias sobre a “sabedoria dos antigos”.

  3. Tem um erro de edição logo no início, o aviso se repete em cima da vinheta de abertura. Não compromete o conteúdo, mas se fosse possível reupar com uma versão sem o erro, seria ótimo. Eu baixaria de novo com alegria (suponho que outros ouvintes também). Abraços

  4. O Livro “Medicina Vibracional de Richard Gerber”, incluí a homeopatia como uma Medicina… Vibracional, como diz o nome do livro! Isso caí no que Paracelso falava sobre as plantas… atuar com a essência curativa e não simplesmente com o cadaver da planta. Também acho que estaria enquadrada como Magia Natural;
    Ayahuasca ou Daime, se origina da sabedoria dos antigos Xamãs… (até onde sabemos) e creio que também se enquadraria na Magia Natural… (essência das plantas ali usadas)… porém, uma penso Eu que seria uma Magia Natural que dá acesso ao magista a atuar inclusive na Magia Cerimonial! Compelxo! 🙂
    _/_
    Flávia Pelegrini.

  5. Seria então razoável pensar q o ato de gravar esse podcast é um ato mágico?
    Tem início, meio e fim muito bem definidos, intenção de vontades e declaração dessa intenção, acesso a uma egrégora mística…

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